Preto e Prata investiga a construção da imagem do homem negro na contemporaneidade, tensionando forças entre resistência, vulnerabilidade e estigmatização.
Inspirada na música homônima de Baco Exu do Blues, que reverbera a prata como símbolo de valor, autoestima e identidade negra, a série propõe uma reflexão sobre os significados atribuídos ao corpo negro, ora como potência, ora como ameaça.
Os retratos em preto e branco destacam essa ambiguidade, com o figurino preto e a gola alta que cobre parte do rosto, evocando anonimato e elegância. A furadeira, manipulada como arma, evidencia como objetos cotidianos podem ser apropriados e estigmatizados pela sociedade.
Ficha técnica
Técnica: fotografia digital, preto e branco
Ano: 2021
Modelo: Raylson Lopes

1. Metade Oculto

2. Corpo e Furadeira

3. Olhar de Prata
Exposição e circulação
A série Preto e Prata foi exibida na Galeria Benedito Nunes durante a Semana de Arte e Muralismo 2022, realizada na Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP).
Entre os dias 22 e 27 de março de 2022, a FCP foi transformada por intervenções urbanas e exposições internas, reunindo 27 artistas que utilizaram a arte como ferramenta de transformação do espaço público e fortalecimento das conexões comunitárias.
Preto e Prata dialogou com temas urbanos, identitários e sociais, inserindo-se em uma programação que integra estudos sobre cidades democráticas, intervenções artísticas e placemaking, a produção de lugares que estreita vínculos entre pessoas e territórios.